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DNA pode determinar a quantidade de café que cada pessoa bebe

DNA pode determinar a quantidade de café que cada pessoa bebe

Você sabia que o DNA pode determinar a quantidade de café que cada pessoa bebe? E, recentemente, um grande estudo identificou alguns genes que podem desempenhar esse papel.

Variações desses genes são capazes de modificar o efeito do café na saúde das pessoas, por isso pesquisas genéticas devem ajudar os cientistas a explorar o tema, diz a pesquisadora Marilyn Cornelis, da Escola de Saúde Pública de Harvard, que liderou a pesquisa publicada no dia 07 de outubro na revista científica “Molecular Psychiatry”. 

O projeto analisou os resultados de cerca de 12 estudos anteriores que avaliaram, juntos, 120 mil participantes que descreveram a quantidade de café que bebiam por dia e permitiram que seu DNA fosse “lido” pelos pesquisadores. Detalhe: nenhuma das variantes genéticas identificadas estava relacionada com a intensidade com a qual a pessoa sente o gosto do café. Isso surpreendeu Marilyn, que conta que não bebe café por “não suportar” o gosto.

O trabalho observou pequenas diferenças no DNA que estavam associadas com beber mais ou menos café. Os pesquisadores descobriram oito dessas variantes, duas das quais já tinham sido ligadas ao consumo de café. Quatro das seis novas variantes implicam genes que estão envolvidos com a cafeína, seja em como o corpo processa essa substância, seja em seus efeitos estimulantes.

Outros dois genes foram uma surpresa porque não têm ligação biológica clara com café ou cafeína, segundo Marilyn. Eles estão envolvidos com os níveis de colesterol e de açúcar no sangue.

Marian Neuhouser, pesquisadora de nutrição no Centro de Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, e co-autora do estudo, reforça que identificar genes relacionados ao consumo pode um dia ajudar os médicos a reconhecer pacientes que precisam de uma ajuda extra para moderar a ingestão de café em situações especiais. Por exemplo: mulheres grávidas são aconselhadas a consumir apenas quantidades moderadas de cafeína por causa do risco de aborto e parto prematuro.

Fonte: G1 / Bem Estar

Café Meridiano, um jeito café de estar ligado ao DNA.