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Dia do Leitor com Café Meridiano

Dia do Leitor com Café Meridiano

Hoje, 07 de janeiro, é comemorado o Dia do Leitor, dia daquele que viaja por horas através de letras e folhas de papel. Sim, ler é viajar, pois por meio da leitura é possível imaginar e conhecer lugares e pessoas, culturas diferentes e histórias jamais vistas.

O primeiro contato com os livros geralmente acontece quando os pais contam aos seus filhos histórias diversas, seja para distraí-los ou fazê-los dormir. E após a alfabetização, o hábito da leitura deve ser cultivado, para que os pequenos leitores cresçam e não percam o gosto pelos livros.

A média anual de leitura no Brasil ainda é baixa, segundo o Instituto Pró-Livro, sendo de 1,3 livro por pessoa. As famílias e as escolas desempenham o papel fundamental de incentivar e formar leitores assíduos.

Como o Meridiano também é um grande incentivador de novos conhecimentos, separamos algumas dicas de clássicos da literatura brasileira, que merecem ser lidos ao menos uma vez:

– Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa

É uma narração em primeira pessoa das aventuras de Riobaldo pelo sertão mineiro. O protagonista conta sua vida a um “senhor”, cuja identidade permanece oculta. O livro é um bloco de texto inteiriço, sem qualquer divisão de capítulos. Se a leitura de início pode parecer custosa, aos poucos a jornada pelo sertão transforma-se numa aventura prazerosa, recheada de descrições dotadas de grande vitalidade.

– O analista de Bagé – Luís Fernando Veríssimo

Irônicos e diretos, com algumas pitadas de reflexão social, os textos de O Analista de Bagé trazem à tona os bastidores do consultório de um hilário psicanalista gaúcho, que faz uso de conhecimentos pseudocientíficos aliados à sabedoria popular dos pampas para auxiliar seus pacientes a resolver seus anseios.

– Laços de Família – Clarice Lispector

O título não poderia ser mais adequado – e irônico – para representar o aprisionamento dos personagens do livro. Tema bastante explorado pela literatura moderna, o mundo doméstico é visto aqui como um lugar de sufocamento. Clarice enriquece essa abordagem com os mais variados e inusitados contextos.

– O Que é Isso, Companheiro? – Fernando Gabeira

Nesta obra, o autor conta sua experiência com a luta armada. Numa prosa fluida e competente, Gabeira relata todo o processo de sequestro do embaixador americano, desde o planejamento da ação até o seu desfecho. A narrativa autobiográfica permite que o leitor se sinta na pele do autor e testemunhe os horrores ocorridos nos anos de 1960 e 1970 no país. Elevado à condição de documento histórico, “O que É Isso, Companheiro?” tornou-se uma espécie de símbolo dos anos de luta contra a ditadura e pelo retorno da democracia.

– Sítio do Picapau Amarelo – Monteiro Lobato

Dona Benta e seus netos Pedrinho e Narizinho, a boneca de pano falante Emília, o Visconde de Sabugosa, Tia Anastácia, Tio Barnabé, o Marquês de Rabicó, o sábio burro Conselheiro e o rinoceronte Quindim. Todos esses personagens foram os protagonistas do Sítio do Picapau Amarelo, obra em que é possível perceber, além de uma imaginação poderosa, um sentimento de nacionalismo e de apego ao rural. Havia também uma clara orientação didática que guiava Lobato na composição desses textos. Por meio de fabulações, o autor educava e incentivava nas crianças o gosto pela leitura.

Se ainda não leu nenhuma dessas obras, pegue sua xícara de café e aproveite o Dia do Leitor para começar!

Café Meridiano, um jeito café de comemorar o Dia do Leitor.